quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ele

é,

é um bom momento para escrever sobre ele

sobre aquele que afastei por muito tempo 


sobre aquele que não acreditei por muito tempo

e ainda não acredito

sobre aquele que fiz questão de não conhecer

sobre aquele que vim a imaginar como parceiro


são tempos difíceis de acreditar em alguma coisa

quando se vive em um mundo onde todos são incapazes

pensei em abrir alguma possibilidade

de ter por perto aquele que nunca quis conhecer

pois encontrei um pedaço dele que se encaixava no que faltava em mim

é,

acho que é um bom momento para guardar tudo de novo

ou queimar na essência de não sentir mais você

ele não existe.

nunca existiu.

domingo, 29 de novembro de 2015

perfil

o teu perfil

me intimou
me instigou

a descobrir todas as tuas outras faces

faces que não gostaria de descobrir

mas é inevitável

esse desejo incontrolável de descobrir

todas as tuas faces

e de acordar com você todas as manhãs 

meu perfil com teu perfil 

sábado, 29 de agosto de 2015

just go

somewhere you love
with someone you like

to your dreams
to your goals

and never ask why

just make life more easier, try to make things different and simple.

não adianta sonhar tanto com os pés amarrados no chão
não existem sonhos que não suportem voar.

pick up your fears and craziness and fly away from here

you're bigger than you ever dreamed

and GO!


the road always leads west

quinta-feira, 16 de julho de 2015

dammit miss

a máscara que a vestimos tentando cobrir "saudade", pesa na face, pesa no coração, mero disfarce. disfarce bobo;

tão necessário quanto nossos disfarces, simular um novo modo de viver (se esconder) pretendendo fugir ao encarar que existe algo errado acontecendo, é cruel.

encarar que as páginas viram, é fato descontrolador. não existe marcador de páginas, elas simplesmente, viram.

Viram até encontrar um livro novo, uma história nova. pode ser até uma revista ou um jornal. os fatos, os personagens quem decide é você. protagonista do seu próprio roteiro.




.

and it's over, get over this.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

love me like you do

quando seu rosto encostava no meu
o corpo todo respondia
coração a mais de mil
pele arrepiada
o estomago com borboletas
nossos quadris se uniam
nossos olhos se fechavam

e em alguns gestos sutis
sua mão encontrava meus cabelos
e seus dedos o acariciavam
em alguns instantes
já sentíamos que não existíamos mais

uma pausa, abria os olhos
e seus olhos já estavam olhando para os meus
seu meio sorriso vinha a tona
e meu coração já não cabia mais no peito

aos poucos nos encontrávamos
em alguma cama
algum sofá
alguma parede

então já não existiam mais segundos, 
mais minutos, mais horas
o tempo deixava de existir

e quando dávamos por nós
a imensidão era ainda maior
de todo o amor que pudesse existir

quando o seu rosto encostava no meu.

terça-feira, 23 de junho de 2015

peculiar taste

aquele gosto peculiar que é gostar de você,
é como uma forca, onde você da corda, mesmo sabendo que vai se enforcar, é inevitável, não da para parar.

enforcou

a corda finalmente alcançou o aperto máximo, sufocou. 

para o bem

libertou a mente para iniciar sua trilha de aventuras incríveis, sobrando espaço já que não existe mais você.

finalmente é possível escrever um ponto final, ou melhor, um novo paragrafo.

diante aos aplausos de um coração saudoso pelo seu novo start, encontra-se uma mente aliviada da incansável procura por refúgios.


enjoy it!

terça-feira, 5 de maio de 2015

pic

E se não tivéssemos fotos?

As vezes me pergunto: e se eu não tivesse alguma foto sua? 
Alguma recordação alheia guardada em uma gaveta  no meu quarto trancada a sete chaves?
Nenhum porta retrato com dois rostinhos felizes nem imaginando (ou sim) o dia em que este mero objeto seria parte da gaveta trancada?

Seria melhor? Ajudaria alguma coisa? Acalmaria a falta que eu sinto de você?

Talvez não ter um pedaço de papel com seu rosto, seria menos doloroso. Nossas memórias impressas em um pedaço tão pequeno de papel, que guardam momentos que no fundo, gostaria que estivessem vivos.


A fotografia impressa no papel é uma mera ilustração do desenho que eu tenho em mente de você. E quando fecho meus olhos é você que eu vejo, é o seu cheiro que eu sinto, é a tua alma que toca a minha.

A imagem nunca vai sair da mente. Sua fotografia vai ficar gravada pra sempre no meu coração.









ainda bem que temos fotos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

afraid

Eu tenho medo.

Tenho medo de que as coisas nunca mudem;
Que continuem sempre do mesmo jeito.

Tenho medo de que as cores da paleta um dia se esvaziem;
Ou ganhem apenas tons de cinza.

Tenho medo de que o sol não apareça mais;
E que vivamos só de noites sem lua.

Ah, eu tenho medo.

Tenho medo de cada estação, de cada parada;
De embarcar ou desembarcar no lugar errado.

De viver sem sentido,
De sentir sem viver.
De ver a vida passar apenas com um olho aberto.
De não saber ler nas entrelinhas.
De não saber cultivar cada semente boa.

Ah, eu tenho medo.

Tenho medo de confundir meus sonhos.
Tenho medo de apagar meus piores pesadelos.

Tenho medo de acordar e não recordar você.
Tenho medo que isso nunca aconteça.