terça-feira, 19 de março de 2013

road to nowhere


Incapaz de sentir qualquer afeto pelo outro, ele segue infeliz, cabisbaixo em direção a lugar nenhum. Vivendo sua vida imaginária, completamente distante de toda forma de apego real, segue tristonho. Dependente da sua depressão diária, acha graça nas coisas mais desnecessárias, se identifica com o cinza do céu, e pede pra que todos os dias sejam assim.

Imagina seu futuro solitário, em um comodo bagunçado, cheio de gatos e uma maquina de escrever. Se sente o poeta. Pobre, enche de tristeza alguns pequenos pedaços de papel, enquanto despreza toda forma de felicidade que o espera do lado de fora. Pobre, se engana pensando demais na vida, enquanto ela corre do lado de fora. Pobre.




E ele, infelizmente, é o seu caminho. Aquele caminho que te leva a lugar nenhum.